O corpo dele foi encontrado em terreno baldio, fundos da 13a Brigada do Exército Brasileiro, a 500 metros do Fórum da capital. A Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) que investigava o sumiço da criança, por meio da Divisão de Desaparecidos, prendeu Edson Alves Delfino, 29, acusado de assassinar o menino após violentá-lo.
O assassino foi preso em um ônibus com destino a Campo Verde, Mato Grosso do Sul, na Serra de São Vicente. O acusado cumpria pena em regime semi-aberto pelo mesmo crime, cometido em 1999 na cidade de Primavera do Leste. Ele foi condenado há 46 anos e 6 meses e ficou 9 anos presos.
Policiais da DHPP chegaram ao acusado com ajuda de uma testemunha e depois de checar todas as pessoas que teriam trabalhado no condomínio onde a família da criança mora no bairro Residencial Paiaguas. Conforme a polícia, Edson levou os policiais até o local do crime, onde o corpo foi deixado. O acusado disse que já conhecia o garoto, pois trabalhou como servente de pedreiro em uma obra no condomínio onde o menino morava com a família.
“Ele trabalhou na guarita do prédio da família e ali criou vinculo com o menino e depois o pai da criança contratou o rapaz para fazer um serviço de pintura no apartamento”, disse o delegado Antonio Carlos Garcia de Matos, da DHPP.
O acusado contou à polícia que pegou o menino em um ponto de ônibus e para convencê-lo disse que o deixaria de moto, uma biz, até o trabalho de seu pai, para almoçar com ele. No trajeto inventou que precisava pegar um outro capacete que estaria escondido no matagal onde o garoto foi encontrado.
O preso vai responder por homícidio, ocultação de cadáver e ato libinoso. O caso é acompanhado pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (DEDDICA).
O caso
O menino Kaito Guilherme Nascimento Pinto (10) desapareceu na manhã da última segunda-feira (13), por volta das 11h, em Cuiabá. Kaíto teria saído de casa para pegar um ônibus de transporte coletivo com destino à escola, localizada na avenida Fernando Corrêa da Costa, e não foi mais visto. A família do garoto mora no bairro residencial Paiaguás, em Cuiabá.
Reincidência
A ficha criminal de Edson fez aumentar os indícios de seu envolvimento no sumiço de Kaytto. O pedreiro foi condenado na Justiça por violentar e matar uma criança também de 10 anos de idade na cidade em Primavera do Leste há 10 anos.
"No dia 20 de novembro de 1999, naquela cidade, abordou a vítima e mediante pagamento de R$ 5,00 chamou-a para procurar uma sacola naquelas imediações. Em seguida, colocou-a em sua bicicleta, levando-a até uma mata próxima com a intenção de praticar sexo anal. Daí, após manter a relação pervertida, a vítima começou a gritar e para ocultar o crime deu-lhe vários golpes com um pedaço de madeira, até matá-la", traz um trecho de uma decisão de recurso do Tribunal de Justiça.
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