quarta-feira, 22 de abril de 2009

A história de Luciano

A história de Luciano


Com poucos anos de idade fui abandonado por um homem, amigo de meu pai, no banco de uma praça no centro do Rio de Janeiro. Tinhamos acabado de sair da praia e esse rapaz falou pra mim assim: Vou ali trocar de roupa e ja volto pra te apanhar.
Fiquei ali esperando por muito tempo até que uma garota me pegou e levou para a sua casa. Chegando lá sua mãe não deixou ela ficar comigo e disse que não tinha condições de criar duas crianças.
Me levaram para uma delegacia bem próxima e da delegacia fui para um orfanato que se eu não me engano se chamava FEEM, não me lembro muito bem.
Já passei por tres orfanatos. Um eu me lembro que fica na baixada fluminense em Nova Iguaçu e se chama Platonato (INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA DE NOVA IGUAÇU)

Entre 1989 e 2005 eu saí desse orfanato por maus tratos e tentativa de ...
Saindo do platonato São Vicente, fui para uma CASA DE ABRIGO em frente a Prefeitura de Nova Iguaçu onde fiquei oito meses.
Saindo do abrigo fui para a Casa do Menor onde estou até hoje (voluntário e missionário em Alagoas).
Só fui ser registrado na Casa do Menor em 1997 e na minha certidão consta que o nome da minha é Ana Ferreira. Como eles podem colocar o nome da minha mãe na certidão se quando me abandonaram não deixaram nenhum documento? Isso é estranho.
E tudo que estou contando, eu agradeço a Deus por lembrar, porque sem essas lembranças não haveria esperança de encontrar meus pais.
Eu me lembro de muitas coisas da infância.
Eu lembro como era o meu pai, só não me lembro da minha mãe. Mas lembro que um dia eu fui visitá-la e ela me deu banho num tanque e eu chorava muito nesse dia.
Eu e meu pai morávamos num barraco de madeira que não tinha nada a não ser uma cama suja na qual nós dormíamos. A nossa casa ficava do lado de um valão e as nossas necessidades eram feitas atrás da porta e quem nos dava comida era uma senhora, possível ser minha avó que morava numa casinha um pouco melhor que a nossa. Do lado também tinha um borracheiro onde eu ficava quando meu pai queria me bater.



Nota: Recebi a história desse rapaz para ser publicada no site e após vários contatos via e-mail eu percebi, mais uma vez, que o ser humano pode transformar a sua vida. Após todas as experiências ruins e muito sofrimento ele poderia ter trilhado um caminho diferente, o caminho do mau.
Atualmente o Luciano desenvolve um trabalho com crianças carentes e esse é um exemplo para muitos.


Peço aos queridos amigos que divulguem esse  caso  para que possamos ajudar o Luciano a encontrar os seus pais biológicos e realizar o seu grande sonho.


Conto com vocês!


Ornella/Chepy aguivé
www.divulgandodesaparecidos.org



***

 

Amigos, a história fala por si só, por isso, peço encarecidamente que ajudem a divulgar o caso. Talves ele nunca consiga descobrir quem são seus pais e consequentemente sua identidade original, mas sua história pode modificar a vida e o modo de pensar de muitas pessoas. O ser  humano tem dentro de si a capacidade de escrever sua própria história, eis a prova!

\O/walkiria 

2 comentários:

Unknown disse...

Obrigado, querida....
Como posso divulga-lo mesmo?
Parabéns, o seu também é lindo!
Blog 1000.
Beijos.

Paulo disse...

Tbm fui deste orfanato cheguei la em 1988 e saí em 1999 talvez Luciano se lembre Do Dia que o Brasil foi Campeão em 94 e os jogadores visitaram o orfanato Antes me conheciam como Paulo Puro pois não tinha sobre nome hoje me chamam de Paulo Gomes da Silva, mas minha mão de adoção trocou e colocou Paulo Ferreira de Freitas, Luciano Achei mais um que se Chama Fabricio e tbm esteve conosco no Orfanato em N. Iguaçu

Arquivo do Blog

Transplante Vida