sexta-feira, 27 de março de 2009

reportagem caso dudu

Reportagem caso dudu


 


Dudu, o menino desaparecido em 2007, teria sido morto a mando do padrasto por vingança


 


Apontado como principal suspeito de ter assassinado o menino Dudu, como era chamado Luis Eduardo Gonçalves, 10, desaparecido em 22 de dezembro de 2007, o ex-padrasto José Aparecido Bispo da Silva, 51, é apontado como mentor do crime.


Silva estaria numa cidade do interior, segundo informações apuradas pelo Midiamax. Os parentes dele não sabem do paradeiro. Ele não teria aceito o fim do relacionamento com a mãe do Dudu, Eliane, e inclusive, teria ameaçado-a de vingança.


Três adolescentes que cresceram junto com Dudu no bairro Jardim das Hortênsia teriam sido as peças-chave para que a polícia se aproximasse de mais uma pista sobre o misterioso desaparecimento. Uma ossada de criança foi encontrada há uma semana na região, que seria a do Museu José Antonio Pereira.


O pai de Dudu, Roberto Gonçalves, 60, acompanhou o Midiamax até o lugar suspeito. Segundo ele, em 2007 ainda, logo após o desaparecimento do filho já havia a informação de que bem ali o menino estava enterrado. “A policial Maria Campos estava ajudando a gente, mas depois ela foi proibida de investigar. Ela já tinha falado que podia estar por aqui”, lamenta.


Somente um ano depois, em dezembro de 2008 que a investigação teria sido priorizada e a responsabilidade dada para a Deaij (Delegacia Especializada no Atendimento à Infância e Juventude).


Neste período, os pais de Dudu sentiram o apoio policial. Eles souberam que dois irmãos, usuários de drogas, conhecidos da família tinham sido apreendidos por conta de assalto. Os adolescentes foram levados para a Unei Dom Bosco, na BR-262. Em seguida, outro menino, vizinho da casa de Dudu, foi levado pela polícia por tentar assaltar ônibus do transporte coletivo.


Peça-chave


Os irmãos encontram-se na Unei o outro menino do bairro. Lá, teriam o ameaçado de morte e ele acabado por ser transferido para a Unidade Educacional de Internação no Bairro Los Angeles.


Teria sido a partir daí que informações parte de dentro das Uneis que levam a nova frente de investigação até a ossada. Hoje, os resquícios humanos passam por exame de DNA no Instituto de Criminalística.


As informações sobre o caso não são confirmadas pela Deaij. A delegada Maria de Lourdes Cano apenas confirmou que o crime está muito perto de ser desvendado.


“Nós confiamos muito nessa delegada e sabemos que agora o Cido (ex-padrasto) será preso”, diz Seo Roberto. “Esses meninos que fizeram isso com meu filho eram daqui de casa, comiam salgado aqui com a gente”, lamenta a mãe Eliane.


Sobre os meninos conhecidos da família e também a respeito de Cido, o pai não esconde a dor da revolta. “Depois que for feita a prisão eu não quero olhar pra eles porque dá vontade de fazer uma besteira. Eu sou pai, eu não posso perder a cabeça”, diz o pai.


Familiares dos três adolescentes suspeitos de envolvimento na morte de Dudu estariam já acompanhando o caso. Os dois irmãos que estariam na Unei Dom Bosco têm irmãs e o pai seria taxista. O outro, vizinho, a mãe já teria dito para dona Eliane que o filho nada teria a ver com o caso.


No bairro, os adolescentes não eram vistos com o padrasto de Dudu. Há informações extraoficiais de que os meninos eram recrutados para cometerem assaltos e sustentar assim, a dependência das drogas. "Depois que o Dudu sumiu um deles passou debochando dizendo: Seo Roberto me arruma R$ 1 que eu mostro onde o Dudu está", diz com revolta o pai.


Saudade


Enquanto o caso não está elucidado, Roberto e dona Eliane já admitem o pior e sentem a ausência do filho no dia-a-dia. “O Dudu era meu companheiro, dormia junto de mim. Tinha o pé de caju ali e ele apanhava caju para todo mundo que pedisse. Se ele tivesse com pacote de bolacha nas mãos, bala, ele gostava muito de doce, o neném dividia um por um que estivesse aqui”, diz saudoso o pai.


No pátio da casa há dois cachorrinhos com sarna que a família cuida. “É por causa do Dudu. Ele não podia ver cachorrinho na rua que trazia pra casa pra cuidar”, relembra a mãe.



Fonte: Midiamax News


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