terça-feira, 29 de abril de 2008

ESTE CASO CAIU NO ESQUECIMENTO

"MONICA EM 1970"
"MONICA AOS 39 ANOS"

Menina é encontrada em uma praça, em 17 de Abril de 1970, na cidade da Lapa, Estado do Paraná. Ela estava vestida com roupas de menino, cabelos curtos, aparentando maios ou menos 5 anos de idade. Não falava, estava muito confusa e sem memória.
Foi levada para um Educandário (São Vicente de Paulo) na mesma cidade e entregue aos religiosos. Falava uma mistura de Portugues e ucraniano com sotaque gaúcho, isso após alguns dias. Tinha facilidade com aparelhos eletrodomésticos, com televisão, rádio, ar condicionado, algo incomum para pessoas de baixo poder aquisitvo na época. Portava-se como um damazinha e com educação refinada.
Quando indagada sobre que era, apenas repetia: "Quebrou o rádio, quebrou a cadeira, fez buraco no assoalho e enterrou mamãe".
Seu nome passou a ser Mônica . Ele foi dado pelas amiguinhas do Educandário, pois quando ali chegou repetia muitas vezes "mom,mom mom".
Foram feitas diversas investigações no Paraná e Santa Catarina e o caso foi divulgado nos principais jornais desses estados. Alem destes também no programa de TV do Flávio Cavalcanti na TV Tupi e nas revistas "O Cruzeiro" e "Manchete" no ano de 1971.
Em Janeiro de 1971 apareceu uma moça de nome Salete Camargo Heber dizendo que Mônica chamava-se Sarita Aparecida Heber, era sua prima e era da cidade de Araucária. Nada foi comprovado e a família de Salete a internou num hospital psiquiátrico alegando que a mesma tinha problemas mentais. Esse fato ficou sem explicação pois o que Salete falava, às vezes fazia sentido.. Alguns fatos aconteceram, mas nada que provasse que tinha relação com o caso da Monica.
Mas depis disso Monica passou a achar que a história contada por Salete era sua história e seu caso parou.
As irmãs do Educandário passaram a receber ameaças por telefone dizendo que suas vidas e a de Monica estavam em perigo e que não era para mexer mais no assunto.
As pessoas envolvidas ficaram apavoradas, pois alguns sentiam que estavam sendo seguidos e ninguem mais queria falar sobre o assunto.
Temos que lembrar que nesta época vivíamos sob o regime militar e tudo era motivo para as pessoas se assustarem.
O caso foi caindo no esquecimento e durante algum tempo ainda apareciam curiosos para conhecer Monica no Educandário.
Monica cresceu sadia, como qualquer criança, mas ficaram algumas sequelas: sua memória não voltou e sofria de pânico diante de várias situações. Saiu do Educandário com 21 anos e foi morar em Santa Catarina. Tentou diversas vezes tratamento com psicólogos psiquiatras sem sucesso. Casou-se aos 28 anos e tem uma filha e também por causa desta filha, continua ainda hoje encontrar sua família primeira.
Informações pelos e-mails meimonica00@ig.com.br ou nilcemazieri@ig.com.br

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